Essa sou eu...
Essa sou eu quando tinha 14 anos e muitos sonhos. Alguns foram
realizados. Outros não...
Parece estranho dizer isso, mas, se todos eles fossem realizados, não seria a Marcela que sou hj. Fui percebendo que alguns deles não eram genuinamente meus. Foram construídos socialmente. Utopias difíceis de acontecer. Entender isso me fez voltar para quem sou e criar sonhos realmente meus. Assim, eu esqueci e renasci.
Para Barthes, o esquecimento é a força da vida. Um processo no qual quebram-se as camadas formadas pelo passado, dissolvendo as sedimentações das crenças, mágoas, etc. As cascas duras, grossas, rugosas desaparecem, dando lugar a beleza do renascimento e ao prazer da libertação. Alberto Caeiro nos ajuda com suas belas palavras:
Parece estranho dizer isso, mas, se todos eles fossem realizados, não seria a Marcela que sou hj. Fui percebendo que alguns deles não eram genuinamente meus. Foram construídos socialmente. Utopias difíceis de acontecer. Entender isso me fez voltar para quem sou e criar sonhos realmente meus. Assim, eu esqueci e renasci.
Para Barthes, o esquecimento é a força da vida. Um processo no qual quebram-se as camadas formadas pelo passado, dissolvendo as sedimentações das crenças, mágoas, etc. As cascas duras, grossas, rugosas desaparecem, dando lugar a beleza do renascimento e ao prazer da libertação. Alberto Caeiro nos ajuda com suas belas palavras:
Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram
E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos,
Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras,
Desembrulhar-me e ser eu..."
Foi difícil mas, aprendi sem medo, sem culpa, sem prisões. É uma caminhada contínua e gosto mais da Marcela de hj do que dessa de 18 anos atrás.
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